Blog

3 mar
2018

O idoso com doença de Alzheimer… parte 1

Muitas são as dúvidas, por isso vou fazer vários conteúdos sobre esse assunto.

Muitas pessoas me procuram para que eu as ajude na missão de cuidar de seus pais. Nós sabemos que grande são os desafios para os idosos e também para seus familiares e dessa forma os cuidados acabam sendo cansativos e muitas vezes realizados por pessoas da própria família.

Dentre todas as tarefas rotineiras a mais desafiadora é a de lidar com a dificuldade do idoso de se lembrar dos acontecimentos. Isso mesmo a perda de memória! E aqui gostaria de falar um pouco sobre a Doença de Alzheimer, na qual afeta, além da memória outras funções do cérebro, como linguagem dentre outros.

Sabemos que a memória é nossa vida, é o que temos de mais precioso. Com nossas lembranças temos referencias de vida, temos histórias e recordações de pessoas que amamos e que fazem parte da nossa vida. Mas quando um filho começa a perceber que seu pai está muito repetitivo, que não se lembra de acontecimentos recentes e que se esqueceu de onde está, a situação começa a ficar preocupante para a família.

Nesse momento precisamos ter a consciência de que os cuidados médicos deverão ser intensificados e uma equipe multidisciplinar deverá entrar em ação, inclusive o psicólogo. Você deve estar se perguntando: mas por que psicólogo?

A psicologia irá ajudar tanto na reabilitação cognitiva do idoso, como na psicoeducação da família que nesse momento deverá criar estratégias de convivência e de apoio emocional. Trabalhar com o idoso maneiras com que ele possa interagir melhor e para que ele tenha qualidade de vida pode ajuda-lo a adaptar-se a sua nova condição de vida e a sua nova rotina.

Sabemos que ao envelhecer o nosso cérebro envelhece junto e com isso algumas funções cognitivas (funções específicas como memória, atenção, linguagem e outras por exemplo) vão ficando mais comprometidas e a consulta com um médico neurologista e o encaminhamento para uma avaliação neuropsicológica, pode-se realizar um trabalho em conjunto com o para o auxílio diagnóstico da doença.

Já os familiares, nós iremos trabalhar também a questão das mudanças ocorridas com um possível diagnóstico de Doença de Alzheimer por exemplo, que sabemos que nos últimos anos tem crescido muito em nosso país. Os filhos não sabem como cuidar de seu pai, pois comportamentos agressivos também podem ocorrer numa fase mais avançada da doença. Esquecimentos, apatia, a perda da mobilidade faz com que o idoso fique cada  vez mais dependente e na maioria dos casos a família não sabe como lidar, podendo até ocorrer conflitos.

Segue alguns sintomas da Doença de Alzheimer:

  1. Na fase inicial: lapsos na memória recente; senso de direção (se perde); dificuldade de “fixar informações novas”; mudança de comportamento;
  2. Na fase intermediária: a perda de memória se intensifica; repetição das informações; não reconhece pessoas conhecidas; confusão mental; estresse e depressão; começa a ficar dependente; esquece palavras óbvias;
  3. Na fase grave: total dependência; não anda e quase não fala; não reconhece mais a si mesmo e nem os outros; aparecimento de outras doenças;

Sugiro a você que esteja passando por uma situação semelhante e que queira mais informações, que me escreva. Mande e-mail para geisealinepsicologia@gmail.com e terei o prazer em te ajudar no teu caso específico.

Caso você já tenha uma solicitação de Avaliação Neuropsicológica, pode agendar no mesmo e-mail.

É possível conviver bem com seu familiar doente, o mais importante é você se recordar que você deverá dividir as tarefas do dia a dia com alguém. Não acumule funções, você não pode fazer tudo sozinho. Tente descansar e se possível vá se divertir em alguns momentos, a melhor maneira de lidar com algo que não temos controle é entender que o que está nas nossas mãos é ser feliz e não se cobrar o tempo todo.

 

a autora

Geise Aline de Almeida Silva

Psicóloga desde 2005 e Especialista em Terapia Comportamental Cognitiva pela USP. Professional Coach & Leader Coach pelo instituto IAPERFOMA Atualmente, também sou pós-graduanda em Neuropsicologia pela HCFM USP.

sobre mim

Não quero faca, nem queijo. Quero a fome

{ Adélia Prado }

Newsletter

Inscreva-se em nossa news e fique sempre atualizado.

Inscreva-se

Outras Postagens